Quais são os riscos de não regularizar trabalho intermitente?

Quais são os riscos de não regularizar trabalho intermitente? Eles incluem multas do Ministério do Trabalho, ações judiciais por vínculo empregatício, descaracterização do contrato, débitos com INSS e perda da segurança jurídica, gerando passivos trabalhistas e financeiros graves para o empregador.

Ilustração destacando os riscos de não regularizar trabalho intermitente, com pessoas lidando com linhas confusas e ideias representadas por lâmpadas e sinais de alerta.

A contratação de um trabalhador intermitente não consiste apenas na convocação para a atividade ou assinatura de um contrato de trabalho. Desde o início da relação trabalhista até seu encerramento, o empregador deve cumprir com uma série de responsabilidades para garantir a regularidade do vínculo.

Afinal, a informalidade no trabalho intermitente prejudica ambas as partes, tanto o contratante quanto o profissional, colocando-os em risco e situação de vulnerabilidade. Por isso, além de entender quais são os riscos de não regularizar trabalho intermitente, é importante saber como evitar as ameaças,

Pensando em tudo isso, preparamos este conteúdo completo especialmente para você. Continue conosco até o final e confira as melhores práticas e dicas para evitar a irregularidade no trabalho intermitente. Boa leitura.

O STF validou o trabalho intermitente?

Em 2024, o debate acerca da constitucionalidade do trabalho intermitente ganhou força, sendo votado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A argumentação considerou pontos contra e a favor da modalidade, com uma votação final de 3 contra 8 – definindo, então, a validade do trabalho intermitente.

Os principais pontos favoráveis considerados contemplam a importância da modalidade para a modernização das relações trabalhistas e inclusão dos profissionais no mercado de trabalho formal.

Para o Ministro Nunes Marques, o trabalho intermitente não suprime direitos trabalhistas e não representa uma fragilização das relações trabalhistas, mas oferece proteção e amparo aos profissionais que, atualmente, atuam de forma irregular e informal.

Além disso, defende-se a contribuição do trabalho intermitente para a redução do desemprego ao possibilitar a convocação de trabalhadores conforme a demanda do contratante. Já para os profissionais, possibilita um maior controle sobre sua própria jornada e rotina, oferecendo a oportunidade de negociar atividades mais vantajosas e conforme seus interesses pessoais.

Para tanto, compreende-se que o trabalho intermitente eleva a proteção social ao garantir direitos trabalhistas aos profissionais, como férias, 13° salário, descanso semanal remunerado, entre outros.

Então, em termos simples, o trabalho intermitente é constitucional e possui respaldo legal, nos conformes definidos pela Lei 13.467/2017 e pela Portaria 671/2021.

Quais são os riscos de não regularizar trabalho intermitente

Regularizar o trabalho intermitente é uma responsabilidade contínua da empresa contratante, desde a admissão até a eventual rescisão contratual. A regularização consiste em uma série de práticas para o cumprimento das exigências legais para o modelo contratual.

Por isso, saber quais são os riscos de não regularizar trabalho intermitente, bem como as ações para formalidade do vínculo, é importante para a relação trabalhista e segurança de ambas as partes.

Dessa maneira, os principais perigos e ameaças de não regularizar o intermitente são:

  • Aplicação de multas e penalidades.
  • Ações trabalhistas movidas contra o empregador.
  • Descaracterização do trabalho intermitente.
  • Problemas com o INSS.
  • Perda de segurança jurídica.

Acompanhe mais detalhes sobre cada um:

Aplicação de multas e penalidades

Com a promulgação da Lei 13.467/2017, a multa por não registrar trabalhadores varia de R$ 800,00 para micro e pequenas empresas, até R$ 3.000,00 para as companhias de grande porte.

Além disso, há aplicação de sanções à empresa, definidas pela Justiça do Trabalho, bem como possibilidade de condenação ao pagamento retroativo de direitos trabalhistas — mediante resolução legal, com ações judiciais movidas pelo profissional.

Ações trabalhistas movidas contra o empregador

Os trabalhadores intermitentes não regularizados podem mover ações judiciais contra o contratante, bem como denunciar a empresa à Justiça do Trabalho.

Dessa maneira, além da aplicação das multas e penalidades pela justiça, a empresa também arca com os custos que vêm com o processo judicial e a perda de reputação.

Descaracterização do trabalho intermitente.

A regularidade do profissional também contempla o cumprimento com as regras do trabalho intermitente, sobretudo a descontinuidade e os períodos de inatividade do profissional.

Para tanto, não seguir as características centrais do modelo traz o risco de descaracterização do regime intermitente, com alteração do contrato para o modelo usual — ou seja, sem a possibilidade de esporadicidade das atividades.

Um detalhe importante é que a empresa pode contratar o intermitente para trabalhar todos os dias, da mesma forma que a convocação pode durar mais que um mês. Nenhuma das situações descaracteriza o trabalho intermitente, mas o empregador deve respeitar a inatividade do profissional após o encerramento do chamado.

Saiba mais: O que Descaracteriza o Trabalho Intermitente?

Problemas com o INSS

Com a não regularidade do trabalhador intermitente, não há contribuição previdenciária ao INSS. Dessa forma, o profissional não possui acesso a benefícios trabalhistas como seguro-desemprego, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros.

Por serem auxílios da Previdência Social, o não oferecimento ao trabalhador o coloca em situação de vulnerabilidade e risco, sobretudo em momentos delicados como o acometimento de doenças, acidentes, maternidade e até a velhice. Então, é fundamental garantir a regularidade do profissional e a contribuição ao INSS.

Perda de segurança jurídica

A perda e falta de segurança jurídica diz respeito à ausência de confiança e previsibilidade na aplicabilidade das determinações legais. Isto é, quando a empresa não consegue prever as consequências e a aplicabilidade clara e consistente das leis e regulamentos, sem a previsibilidade legal de suas ações e decisões.

Para tanto, esta instabilidade jurídica impede o planejamento e a tomada de decisão com a certeza da legalidade das ações e consequências. Dessa maneira, o cenário torna-se de risco e incerteza, prejudicando todo o ambiente corporativo.

Como regularizar trabalhador intermitente?

Para garantir a regularidade do trabalhador intermitente e da relação trabalhista:

  1. Elaborar um contrato de trabalho;
  2. Cadastrar o trabalhador no eSocial;
  3. Realizar o pagamento em dia;
  4. Garantir os direitos trabalhistas;
  5. Arquivar recibos e outros documentos.

Veja todas as etapas detalhadas neste conteúdo que preparamos especialmente para você:

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