Regras do Trabalho Intermitente: O Guia Completo

As regras do trabalho intermitente exigem: contrato escrito formalizando o profissional; convocação com 3 dias de antecedência e aceite ou recusa em 1 dia; remuneração por hora de serviço efetivo (não inferior ao salário-hora do mínimo); e pagamento imediato de todas as verbas proporcionais ao fim de cada período de serviço.

Ilustração explicando as regras do trabalho intermitente com pessoas revisando documentos e realizando anotações, destacando pontos importantes.

O trabalho intermitente, formalizado pela Reforma Trabalhista de 2017 (Lei 13.467) [1], revolucionou o mercado ao introduzir flexibilidade nas jornadas. No entanto, a aplicação correta exige o domínio das complexas regras do trabalho intermitente, que vão muito além da simples descontinuidade da prestação de serviços.

Para empregadores e gestores, aplicar essa modalidade requer o conhecimento preciso da legislação trabalho intermitente CLT, especialmente no que tange a formalização, prazos de convocação e o pagamento dos direitos.

Este guia definitivo detalha as regras do trabalho intermitente em quatro pilares, garantindo que você gerencie o vínculo de forma legal, transparente e eficiente.

Pontos Principais:

  • Contrato: Formalização escrita e registro no eSocial e na CTPS são obrigatórios.
  • Prazos: Convocação mínima de 3 dias e resposta máxima de 1 dia útil.
  • Pagamento: Salário, DSR, 13º e Férias proporcionais são pagos ao final de cada convocação.
  • Previdência: É obrigatória a complementação do INSS se a remuneração mensal for menor que o salário mínimo, para manter a qualidade de segurado.

1. Regras de Formalização e Contrato

A primeira das regras do trabalho intermitente diz respeito à sua formalização, que é obrigatória e deve ser feita por escrito.

Contrato Escrito e Registro

O contrato de trabalho intermitente deve ser escrito e conter obrigatoriamente:

  • A identificação, assinatura e qualificação de ambas as partes.
  • O valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao salário mínimo-hora ou ao valor horário dos demais empregados da empresa que exerçam a mesma função.
  • O local e o modo de prestação de serviços.

O registro no eSocial e em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é obrigatório, como em qualquer contrato CLT [2].

A Descontinuidade

A regra essencial definida pela legislação trabalho intermitente CLT é a alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses. Não há garantia de jornada mínima de trabalho.

2. Regras de Convocação e Resposta

O processo de convocação é o coração do regime intermitente e possui prazos rigorosos que devem ser cumpridos pelo empregador e pelo empregado.

AçãoPrazo MínimoImplicações
Convocação (Pelo Empregador)3 dias corridos de antecedênciaDeve informar a jornada, dias e valor do serviço.
Resposta (Pelo Empregado)1 dia útilA recusa não configura insubordinação.
Desistência (Após aceite)Antes do início da jornadaMulta de 50% da remuneração acordada.

Multa por Desistência

Se, após aceitar a convocação, qualquer uma das partes desistir do trabalho agendado, deve pagar uma multa de 50% da remuneração que seria devida. Esta multa deve ser compensada no prazo de 30 dias [3].

3. Regras de Remuneração e Direitos

A remuneração do intermitente é sempre proporcional e paga ao final de cada período de convocação.

Pagamento Imediato de Proporcionais

Ao término de cada convocação (período de trabalho), o empregado deve receber imediatamente, além da remuneração pelas horas trabalhadas, as seguintes parcelas:

  • Férias proporcionais acrescidas de 1/3.
  • 13º salário proporcional.
  • Descanso Semanal Remunerado (DSR).
  • Adicionais legais (horas extras, noturno, etc., se houver).

Período de Inatividade

Uma das principais regras do trabalho intermitente é que o período de inatividade (quando o trabalhador não está convocado) não é considerado tempo à disposição do empregador e, portanto, não é remunerado.

4. Regras Previdenciárias

As regras relativas ao INSS são essenciais para garantir a qualidade de segurado do trabalhador intermitente.

Complementação do INSS e Qualidade de Segurado

Se a remuneração mensal total do trabalhador for inferior ao salário mínimo, ele deve realizar a complementação da contribuição previdenciária (8% sobre a diferença) para que o mês seja contado integralmente para fins de carência e tempo de contribuição [4].

A falta de complementação INSS intermitente acarreta a perda da qualidade de segurado naquele mês, o que pode impedir o acesso a benefícios como Auxílio-Doença, Salário Maternidade e Aposentadoria, por não cumprir o período de carência mínimo exigido.

O Recolhimento do FGTS (H3)

Diferente do contrato tradicional, o FGTS no regime intermitente deve ser recolhido de forma imediata e proporcional, ao final de cada período de convocação.

  • Base de Cálculo: O FGTS incide sobre o valor da remuneração paga ao término da convocação, incluindo o DSR, Férias proporcionais e 13º salário proporcionais (que são pagos juntos). A alíquota é a padrão de 8%.
  • Recolhimento: O empregador é responsável por calcular, depositar e informar o FGTS via eSocial, juntamente com as demais verbas da convocação, garantindo que o valor chegue à conta do trabalhador.
  • Saque na Rescisão: Em caso de demissão sem justa causa, o trabalhador intermitente tem direito a sacar o saldo total do FGTS e a receber a Multa de 40% sobre esse valor, calculada com base na média dos últimos 12 meses, conforme detalhado no nosso guia de rescisão.

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Perguntas Frequentes (FAQ)

A recusa de uma convocação no contrato intermitente pode gerar justa causa?

Não. A legislação trabalho intermitente CLT permite expressamente que o empregado recuse a convocação, sem que isso configure insubordinação ou motivo para a rescisão por justa causa.

O que acontece se o empregador não convocar o trabalhador intermitente por muito tempo?

Se o empregador não convocar o trabalhador por 12 meses consecutivos ou mais, a lei presume a rescisão do contrato por iniciativa do empregador, devendo ser pagas as verbas da demissão sem justa causa.

O contrato intermitente tem direito a aviso prévio e multa de 40% do FGTS?

Sim. O trabalhador intermitente tem direito a Aviso Prévio e multa de 40% sobre o FGTS em caso de demissão sem justa causa. A base de cálculo é a média das remunerações dos últimos 12 meses.

As regras do trabalho intermitente se aplicam ao trabalho doméstico?

Não. O trabalho doméstico possui regras e legislação trabalho intermitente CLT específicas (Lei Complementar 150/2015). Embora o regime intermitente possa ser aplicado a domésticos, ele segue a regulamentação do eSocial Doméstico e a Lei Complementar 150.

Referências

[1] Planalto. LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 (Reforma Trabalhista).

[2] Planalto. DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 )CLT).

[3] Diário Oficial da União. PORTARIA/MTP Nº 671, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2021.

[4] Planalto. LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.

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