Quebra de Contrato Intermitente: Modalidades e Direitos

A quebra de contrato intermitente por parte do empregador ou empregado resulta na rescisão, que segue as regras da CLT. A recusa da convocação pelo empregado não configura quebra. Contudo, o descumprimento das regras (como jornada fixa, falta de convocação formal) pode levar à descaracterização do contrato por via judicial, equiparando-o a um contrato normal e gerando passivos retroativos para o empregador.

Ilustração mostrando dois profissionais analisando uma grande documentação sobre quebra de contrato intermitente, evidenciando aspectos jurídicos do tema.

A flexibilidade do trabalho intermitente (Art. 452-A da CLT [1]) não o exime das regras gerais de término do vínculo de trabalho. No entanto, a forma como a quebra de contrato intermitente é formalizada e as verbas devidas possuem particularidades que exigem precisão do gestor.

O termo “quebra de contrato” pode se referir tanto ao término do vínculo (rescisão) quanto à desistência da convocação agendada. Este artigo foca no término definitivo do vínculo.

Neste conteúdo completo, detalhamos as diferentes modalidades de quebra de contrato intermitente, o cálculo da média salarial e os direitos rescisórios contrato intermitente para que o processo seja conduzido sem riscos.

Quebra de Contrato Intermitente por Iniciativa do Empregador

A forma mais comum de quebra de contrato intermitente é a demissão por iniciativa do empregador, que pode ser sem justa causa ou por justa causa.

Rescisão Sem Justa Causa

Nesta modalidade, o trabalhador intermitente tem direito a todas as verbas:

  • Aviso Prévio: 30 dias, trabalhado ou indenizado, calculado com base na média das remunerações dos últimos 12 meses [1].
  • FGTS: Saque do saldo total + Multa de 40%.
  • Verbas Proporcionais: Saldo de salário do mês. (Férias e 13º proporcionais são pagos ao final de cada convocação; portanto, não são devidos novamente, exceto se houver pendências).
  • Seguro-Desemprego: Tem direito, desde que cumpra os requisitos de carência.

Rescisão por Justa Causa

Se a quebra de contrato intermitente ocorrer por falta grave do empregado (como roubo, abandono de emprego ou indisciplina, previstos pela CLT [1]), os direitos rescisórios contrato intermitente são reduzidos ao mínimo legal:

  • Saldo de salário dos dias trabalhados.
  • Férias vencidas acrescidas de 1/3 (se houver período aquisitivo completo e não pago).
  • Não há direito a Aviso Prévio, saque do FGTS, Multa de 40% ou Seguro-Desemprego.

Quebra por Iniciativa do Empregado

O empregado também pode optar pela quebra de contrato intermitente através do pedido de demissão.

Pedido de Demissão

O empregado deve comunicar o empregador. Os direitos são:

  • Saldo de salário.
  • Verbas proporcionais já incorporadas após a última convocação.
  • Não há direito a Aviso Prévio (deve-se pagar o aviso se não o cumprir), saque do FGTS, Multa de 40% ou Seguro-Desemprego.

Outras Modalidades de Quebra de Contrato Intermitente

Duas formas de término merecem destaque pela sua especificidade e implicações legais no regime intermitente.

Rescisão por Culpa Recíproca

Ocorre quando ambas as partes contribuem com falta grave que torna impossível a continuação do vínculo empregatício. Os direitos rescisórios contrato intermitente são reduzidos pela metade [2]:

  • 50% do Aviso Prévio indenizado.
  • 50% da Multa de 40% do FGTS (ficando em 20%).
  • Saldo de salário, Férias e 13º proporcionais são pagos integralmente.

Quebra por Rescisão Indireta

A Rescisão Indireta é o término do contrato por iniciativa do empregado, mas devido a uma falta grave cometida pelo empregador (por exemplo: não cumprir o contrato, exigir serviços superiores às suas forças, não recolher o FGTS ou INSS).

  • Consequência: A quebra de contrato intermitente por rescisão indireta é equiparada a uma demissão sem justa causa.
  • Direitos: O empregado intermitente tem direito a receber todas as verbas da demissão sem justa causa incluindo:
    • Aviso Prévio indenizado (calculado pela média dos 12 meses).
    • Saque do FGTS.
    • Multa de 40%.
    • Direito ao Seguro-Desemprego, caso preencha os requisitos.

Importante: O pedido de Rescisão Indireta deve ser feito via Justiça do Trabalho, e o empregado deve comprovar a falta grave do empregador para o juiz determinar a quebra de contrato intermitente.

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Perguntas Frequentes (FAQ)

Se o empregado recusar uma convocação, ele pode ter o contrato intermitente quebrado por justa causa?

Não. A recusa de uma convocação está prevista na lei e não é motivo para a quebra de contrato intermitente por justa causa.

O que acontece se o empregado desistir de uma convocação após aceitar?

A desistência da convocação após o aceite gera a obrigação de pagar uma multa de 50% da remuneração que seria devida, a ser compensada em 30 dias. Esta regra não se confunde com o término definitivo do contrato.

Na rescisão do intermitente, qual valor devo usar para o Aviso Prévio?

O valor do Aviso Prévio (trabalhado ou indenizado) deve ser calculado com base na média aritmética simples dos salários de contribuição recebidos pelo empregado intermitente nos últimos 12 meses anteriores à data da rescisão.

Referências

[1] Planalto. DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 (CLT).

[2] Planalto. LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 (Reforma Trabalhista).

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