Em 2022, o TST reconheceu o direito à estabilidade da gestante no contrato intermitente. Nestas situações, recomenda-se que os empregadores continuem as convocações sem distinções em função da gravidez, não podendo rescindir o contrato de trabalho da profissional durante o período de gestação.
A licença-maternidade é um direito trabalhista garantido pela CLT à todas as profissionais com carteira assinada, mediante comprovação da gestação ou adoção. O período é entendido para assegurar e zelar pela saúde da mãe e da criança após o parto, assim como garantir a boa adaptação da família adotante.
Mesmo durante o trabalho intermitente, no qual a prestação de serviços não é contínua, o contratante deve respeitar o período de licença e a estabilidade da profissional. Assim, durante este período, não se pode rescindir seu contrato de trabalho, mas as convocações podem ocorrer normalmente – conforme entendido pelo TST em 2022.
Para te ajudar com todos os detalhes da estabilidade da gestante no contrato intermitente, preparamos este conteúdo completo para você. Fique conosco até o final e descubra tudo sobre o assunto. Boa leitura.
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- Contrato intermitente tem direito a licença-maternidade?
- Estabilidade da gestante no contrato intermitente
- Posso convocar trabalhadora intermitente gestante?
- Trabalhadora intermitente tem estabilidade reconhecida em tribunal
- O que diz a lei sobre a estabilidade da gestante?
- Gestão inteligente no contrato intermitente
Contrato intermitente tem direito a licença-maternidade?
Conforme a CLT, todas as trabalhadoras brasileiras gestantes ou adotantes têm direito à licença-maternidade de, no mínimo, 120 dias. O objetivo é assegurar a saúde da mãe e do bebê após o parto, bem como garantir a adaptação da família no caso de mães adotantes. Assim, as adoções também se enquadram na licença.
Então, as trabalhadoras intermitentes também têm direito à licença-maternidade, visto que a modalidade prevê a assinatura da carteira de trabalho e acesso a todos os direitos dispostos pela Consolidação das Leis Trabalhistas.
Desse modo, durante o período de licença-maternidade, o contratante não pode convocar a trabalhadora intermitente afastada. Afinal, ela não pode prestar serviços durante o período, visto que a inatividade é disposta por lei. Além disso, o empregador não pode rescindir o contrato neste tempo, visto que a trabalhadora tem estabilidade garantida por lei.
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Estabilidade da gestante no contrato intermitente
A estabilidade da gestante no contrato intermitente é um direito da trabalhadora durante todo o período de licença-maternidade e mais 30 dias após o retorno ao trabalho, conforme assegurado pela CLT. Desse modo, o contratante não pode demitir sua empregada doméstica grávida sem justo motivo.
Com isso, do momento em que a empregada descobre a gravidez até o final do período de licença, ela está assegurada pela estabilidade. Portanto, o contrato não pode ser rescindido durante a gestação e o período de licença, a não ser por justa causa — quando a empregada tem uma atitude danosa e prejudicial para com a empresa.
Caso o empregador insista em fazer essa ação, deverá pagar uma indenização à trabalhadora dispensada. Afinal, ele descumpriu com a lei.
Além disso, quando a trabalhadora retorna da licença e fica novamente disponível para ser convocada, ela tem direito a mais 30 dias de estabilidade. Assim, o empregador pode convocá-la, mas não pode rescindir seu contrato.
Posso convocar trabalhadora intermitente gestante?
Sim, o empregador pode convocar a trabalhadora intermitente gestante, desde que ela não esteja sem seu período de licença-maternidade. A partir do momento em que a trabalhadora sai de licença, não se pode mais convocar para prestação de serviços.
Desse modo, o contratante apenas pode voltar a convocar sua trabalhadora após o fim da licença, quando fica disponível novamente.
Saiba como convocar profissionais intermitentes da melhor maneira: Convocar Trabalhadores Intermitentes.
Trabalhadora intermitente tem estabilidade reconhecida em tribunal
Em setembro de 2022, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) analisou um processo de uma assistente comercial que prestava serviços em contrato intermitente. A profissional em questão informou sua gravidez e deixou de ser convocada mesmo antes do início de sua licença.
O entendimento se deu após a rejeição do exame do recurso da empresa contra a condenação pela Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, imposta pelo Tribunal Regional da 3ª Região, que compreendeu a rescisão indireta do contrato.
A trabalhadora alegou que deu início às atividades intermitentes em um comércio no mês de agosto de 2018. Em setembro do mesmo ano, informou sua gestação e, desde então, deixou de ser convocada.
Além disso, após o parto do bebê, a trabalhadora não teve acesso ao auxílio-maternidade pago pelo INSS. Isso porque a contratante não assinou o requerimento necessário para o benefício.
A justiça, então, reconheceu o direito à estabilidade provisória e determinou o pagamento de indenização substitutiva por parte da empresa, que corresponde ao período da estabilidade gestacional, e outras verbas.
Você pode conferir o caso completo no site do TST: Gestante em trabalho intermitente tem reconhecido direito à estabilidade.
O que diz a lei sobre a estabilidade da gestante?
Para os pontos omissos na Lei 13.467 e na Portaria n.° 671, que regem o trabalho intermitente, utiliza-se o disposto pela Consolidação das Leis Trabalhistas. Afinal, os profissionais intermitentes têm carteira assinada, o que lhes garante acesso a todos os direitos trabalhistas dispostos em lei.
Desse modo, a CLT dispõe sobre a estabilidade da gestante intermitente:
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Gestão inteligente no contrato intermitente
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